Enquanto a maior parte dos países tenta, com injeções e empréstimos de dinheiro, arranjar forma de escapar às consequências imediatas da maior crise sanitária e económica das últimas décadas, na China os donos do poder concentram as suas atenções, por estes dias, numa estratégia muito mais larga: definir os pormenores do seu próximo plano quinquenal, mas sempre a olhar para um objetivo final, mais longo, apontado para 2035, quando pretendem ultrapassar os EUA e consolidar-se como primeira potência mundial.
Mesmo em tempos de incerteza globais, os dirigentes de Pequim mantêm-se fieis aos seus princípios e insistem em olhar para o futuro que ambicionam, dando, com isso, maior atualidade à famosa frase, velha de dois séculos, alegadamente proferida por Napoleão Bonaparte: “Deixem a China dormir porque, quando ela acordar, o mundo tremerá.”