Ontem, no Santa Clara Country Hotel, teve lugar o primeiro encontro do Movimento “Água ao Serviço de Futuro”. A este propósito escreveu Elisabete Rodrigues na nota de imprensa de hoje do nosso parceiro, o Sul Informação:
Houve, no hotel com vista para a ressequida barragem de Santa Clara, um encontro do movimento denominado “Água ao Serviço de Futuro”, organizado pela Lusomorango (associação que representa os interesses das grandes empresas, algumas delas multinacionais, da agricultura intensiva), com a parceria das Câmaras de Odemira, Ourique e Aljezur.
Nessa reunião, foi apresentado um manifesto pela água, assinado por cerca de 30 entidades, embora não incluindo uma única associação ou movimento ambientalista, nem sequer a associação Rota Vicentina… Estranho…ou talvez não!
Já várias vezes aqui escrevi, mas, pelos vistos, tenho de repetir: até quando se continuará a empurrar com a barriga o problema das necessidades crescentes de água motivada pela expansão descontrolada da agricultura intensiva no Alentejo (e em algumas partes do Algarve)? Quais são os limites para este crescimento? Ou não há limites e depois logo se vê?
Até agora, a água da barragem de Alqueva parece que vai dando para muita coisa. Mas e quando não for suficiente?
E quem vai pagar a central de dessalinização que os grandes (enormes) agricultores do Sudoeste Alentejano dizem que precisam para manter a sua (in)sustentável atividade agrícola?
Acrescenta a RIO: Tudo boas perguntas para colocar e debater no 3º Encontro do Fórum do Território que se realizará no próximo sábado, dia 9 em Odemira, no Mercado Municipal.